Bionexus 7 anos

Hoje é o dia de uma postagem especial! É o mês de aniversário da Bionexus, completando hoje 7 anos de fundação.

Quer seja uma data engraçada pelas brincadeiras do 1° de abril ou não, o fato é que desejamos que a Bionexus tenha a mesma sorte e sucesso que a “empresa da maçã”, a Apple, fundada no mesmo dia, em 1976 por Steve Wozniak e Steve Jobs , na garagem dos pais de Jobs, em Cupertino/CA. E que possamos receber as boas energias e força criativa do mundo celeste, pois é também neste dia que o cometa Halley em sua órbita, se aproxima um pouquinho mais da terra…

E neste aniversário, recordamos um pouco da história do nosso fundador e diretor de inovação e negócios. Em 2011, o jovem e recém graduado em Engenharia de Computação, entusiasmado em aprender mais sobre as relações entre tecnologia, biologia e química, ingressa no Mestrado acadêmico em Engenharia Elétrica, na Universidade do Estado de Santa Catarina. O curso tinha como ênfase instrumentação eletrônica aplicada nas áreas biomédica e análise de elementos biológicos. Tudo a ver com o seu perfil inovador, que antes desenvolveu o trabalho de conclusão de curso na graduação, com pesquisa e desenvolvimento de uma interface cérebro-computador.

 

Academia

O programa de mestrado não foi fácil. Com um elevado nível de exigência, o primeiro ano, concentrado em disciplinas, trabalhos e pesquisa no laboratório, consumia mais de 17 horas por dia de dedicação exclusiva aos estudos.

“E se há uma coisa boa além de aprender, é ter o apoio dos demais colegas da universidade e dos professores, elemento fundamental, e sem esse apoio, certamente não teria conseguido avançar”, compartilha Emiliano A. Veiga, nosso diretor de inovação e negócios.

“Perdi a conta de quantas placas eletrônicas fabriquei por meio da metodologia artesanal. Fiquei tão expert em produzir as placas, que alguns alunos e professores do departamento me pediam ajuda com o projeto deles. Além disso, uma coisa é o que a teoria explica e outra é fazer um sistema funcional e estável na prática.”

Nosso diretor afirma que há ótimas recordações, muitas fotos e arquivos desta época, tantas que seria necessário mais espaço para compartilhar tudo. E, relembra um fato interessante de quando estava no início do segundo ano do curso. Segundo ele, era para estar mais avançado na proposta da dissertação e assim planejar os experimentos práticos, porém, a proposta inédita dentro do programa de estudos, que foi a de desenvolver um sistema de bioimpedância elétrica baseado em FPGA, tirou o sossego por bastante tempo.

Tal sigla se refere a um tipo de dispositivo eletrônico semicondutor programável, onde o engenheiro descreve a lógica digital em que o chip vai utilizar para dar vida ao circuito imaginado. Na época, algo ainda pouco explorado no Brasil, mas muito comum em aplicações espaciais e de aviação, pois reduz espaço, economiza energia, dentre outras vantagens.

Ainda com pouca experiência com o tema, após dias trabalhando com um kit de desenvolvimento, já exausto e bastante preocupado, estava visivelmente abalado por não avançar. O professor, ao entrar no laboratório para acompanhar como estava o trabalho, e, percebendo o tamanho do problema, ainda considerando que nenhum outro havia trabalhado com isso antes, teve uma postura solidária em recomendar que descansasse um pouco, e que, talvez, até refletisse sobre outras possibilidades, em função dos prazos.

Longe da família, com poucos amigos e se perguntando por que motivos propor algo tão inovador ao ponto de cogitar até abandonar o trabalho, ele começou a ter sorte com o sistema depois de seguir trabalhando por meses, dedicando em certos momentos, mais de 18 horas ao dia, lendo artigos, livros, consultando especialistas no exterior e escrevendo muito código-fonte.

E deu certo! Tanto que no mesmo ano, em Novembro, durante a primeira Conferência Internacional de Bioimpedância, o jovem pesquisador teve o artigo premiado como o melhor trabalho apresentado. O evento, chefiado pelo Prof. PhD Pedro Bertemes, contou com a presença de mais de 30 pesquisadores da Rússia, Uruguai, Argentina, China, Espanha, Paraguai, Suécia, Noruega, Alemanha, além do Rio de Janeiro e São Paulo, onde se destacam a presença do Prof. PhD Orjan Martinsen (Noruega) e do Prof. PhD Uwe Pliquett. Martinsen é uma das maiores referências na área e co-autor do livro Bioimpedance Basics, um clássico para estudantes de espectroscopia elétrica. Já o Prof. Pliquett é uma das grandes referências em revisões do tema na análise de alimentos do Instituto de Bioengenharia, em Heiligenstadt, na Alemanha. (Foto ao lado com alguns pesquisadores no evento)

E os êxitos obtidos com base em muito esforço e dedicação, alimentaram um nobre gosto pela investigação, por aprender e transmitir conhecimento. Principalmente, em compreender mais sobre as técnicas de espectroscopia. “E sem dúvidas, a universidade e o apoio dos colegas teve um papel fundamental neste processo”, reconhece, Emiliano.

E quando se fala em espectroscopia, basicamente trata-se da interação entre uma fonte de radiação eletromagnética e o elemento em estudo. Em resumo, essa radiação eletromagnética pode ser gerada através de fontes de luz, som e corrente elétrica, onde cada uma tem suas vantagens e desvantagens, devendo ser dimensionada conforme a necessidade de aplicação.

No fim das contas, tudo o que existe pode ser de alguma forma, representado em termos de frequência e energia. Um tema que começou com Newton no século XVIII, onde com um simples experimento, demonstrou que a luz solar é distribuída por um prisma em uma banda de 7 cores, e, que as cores podem ser reunidas novamente quando direcionadas através de um segundo prisma, orientado de forma oposta. E aqui, pode-se fazer referência a mágica do número 7. Nas cores da luz solar, nas 7 notas musicais, nos 7 dias da semana, e para nós, nestes 7 anos de construção da nossa história como empresa e como pessoas.

Empreender

Na vida profissional, após atuar por alguns anos como engenheiro de aplicações em empresas do setor elétrico no litoral catarinense, Emiliano, junto com mais dois amigos, fundaram há 7 anos, a Bionexus. “A ideia sempre foi de pesquisar, desenvolver e comercializar inovação tecnológica, com ciência e eletrônica aplicada nos setores agro, biomédico e químico. Porém, é necessário tempo para as coisas irem ganhando forma, e nós, amadurecermos.”

“Empreender com inovação, talvez, seja hoje um dos maiores desafios que uma pessoa pode enfrentar. Vai requerer muita resiliência para superar todo tipo de desafio. Além disso, vai ser fundamental conseguir encontrar paz, propósito e equilíbrio psicológico em meio a uma cultura de medo do fracasso. É uma verdadeira prova do tempo, onde os que conseguem manter-se firmes, constroem uma força e convicções inabaláveis. Mas esteja preparado para pagar o preço, viver com simplicidade, e trabalhar muito!”, destaca.

“E nesta caminhada ao longo destes 7 anos, nossos amigos e parceiros próximos conhecem de perto a luta diária. Sabem que muitas vezes, quando faltou lógica para resolver os desafios, foi a fé em Deus que nos conduziu”.

E todo o resultado deve-se a cooperação de todo o time! Principalmente os que estão aqui na atividade diária, os nossos sócios investidores, que acreditaram e compartilharam suas energias para que a empresa pudesse ganhar forma e seguir crescendo. E aos amigos da área zootécnica, veterinária, química,  alimentos, administração, professores, agentes públicos e outros que compartilharam seus conhecimentos e tempo para nos impulsionar a sobreviver. As entidades públicas e privadas, que fomentam inovação e todos os demais que ajudaram no passado e no presente, recebam o nosso agradecimento de coração! Essa comemoração é nossa!

Conquistas

Fazem 7 anos! Nascemos com o DNA de inovação e somos apaixonados por ciência aplicada! Hoje, somam mais de 11 trabalhos científicos publicados, incluindo a dissertação de mestrado, defendida em 2013. Além de parcerias com universidades no Brasil e no exterior, contando com pesquisadores das áreas de neurociências, veterinária, agronomia, zootecnia, química, engenharia de alimentos, elétrica, física, computação e matemática.

Somos empresa parceira dos programas de startups inovadoras da Microsoft e da Amazon AWS. Em 2017, fomos aprovados no edital de Startups da Finep por apresentar uma solução disruptiva, inovadora e escalável. Somos uma startup investida pela Rede de Investidores Anjo de Santa Catarina.

Fizemos parte da turma 2019 do programa Startup SC promovido pelo Sebrae. No mesmo ano, fomos premiados entre as 3 melhores ideias no desafio de Startups promovido pela Embrapa Gado de Leite. Em parceria com a Udesc CEO, já somam mais de 3 projetos científicos realizados, além de investimentos em pesquisas e desenvolvimento realizados em conjunto com a FAPESC, que dão oportunidades a jovens pesquisadores nas áreas de zootecnia e engenharia de alimentos.

Neste ano do sétimo aniversário, somos vencedores no edital de Tecnologias Inovadoras 4.0, promovido pela Finep, onde vamos desenvolver em parceria com uma das maiores cooperativas do Brasil, um projeto voltado a qualidade de alimentos que vai impulsionar ainda mais a construção de tecnologia de ponta nacional.

E nossa principal conquista são nossos clientes e parceiros, espalhados em 3 países e em 6 estados do Brasil.

Agradecemos pela confiança e vamos juntos para mais 7 anos! Fomentando inovação tecnológica que impulsiona a transformação na vida das pessoas de forma efetiva, alegre e justa.

Tem muita novidade a caminho e é só o começo! E um Feliz Aniversário pra nós!!!

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